Estado tem atualmente três linhas em operação e produz 5 milhões de toneladas, mas a médio prazo duplicará a produção, e será catapultado a liderança isolada na produção de celulose no Brasil e consolidado como um dos maiores fabricantes mundiais.
Publicado por SINPACEMS • 17/maio/2023 • 08h23
A “bola da vez”. A expressão utilizada para mostrar alguma coisa que está em evidência, em destaque, sintetiza o momento de Mato Grosso do Sul em relação ao setor de celulose. O estado atualmente é o segundo maior produtor brasileiro, fica atrás somente da Bahia, mas lidera as exportações nacionais.
Com três linhas industriais em operação, duas da Suzano, em Três Lagoas, e uma da Eldorado, no mesmo município, Mato Grosso do Sul tem capacidade instalada para processar anualmente 5 milhões de toneladas de celulose por ano.
O volume já coloca o estado como um dos maiores produtores mundiais. Se fosse um país, seria o 11º produtor mundial, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Nos próximos seis anos o cenário vai mudar e Mato Grosso do Sul será catapultado a liderança isolada na produção de celulose no Brasil e consolidado como um dos maiores fabricantes mundiais.
Em 2024 deve entrar em operação a nova fábrica da Suzano no estado. A planta, com capacidade de 2,5 milhões de toneladas está sendo construída em Ribas do Rio Pardo, cidade a 97 quilômetros de Campo Grande.
Nesta mesma perspectiva, em 2028 está previsto o início da atividade da primeira fábrica no setor da multinacional chilena Arauco. A indústria, de 2,5 milhões de toneladas será implantada em Inocência, a 330 quilômetros de Campo Grande.
Com os dois novos projetos, a médio prazo o estado vai mais que duplicar sua produção, passando das 10 milhões de toneladas – bem próximo do top cinco do ranking mundial de países e com potencial para avançar ainda mais, já que haveria condições (solo, clima e disponibilidade de áreas) para a implantação de novas linhas pelas empresas já instaladas.
Além destas iniciativas, a Bracell, uma das líderes globais na produção de celulose solúvel especial, também marca presença no estado. Desde o fim de 2021, a empresa tem áreas de cultivo de florestas em duas cidades sul-mato-grossenses para abastecer plantas em outras unidades da federação.
A formação desse cluster, que reúne algumas das maiores e mais eficientes empresas de celulose do mundo, está mudando a base econômica de Mato Grosso do Sul.
Com essa expansão, o estado mantém sua vocação para o agro, explorando a silvicultura (plantio de florestas para abastecer essas indústrias), mas agrega valor. As fábricas transformam a matéria-prima em um dos mais importantes insumos para a fabricação de diversos produtos.
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Fonte: G1MS
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