Um sindicato feito com empresários para empresários, para gerar representatividade do segmento, um setor que emprega muitas pessoas, contribuindo para o crescimento econômico e social nas mais diversas cidades de MS.
Publicado por [email protected] [email protected] • 11/ago/2023 • 21h44
Elcio Trajano Jr*
O setor de celulose e papel tem respondido por uma fatia importante da economia de Mato Grosso do Sul nos últimos anos, e o potencial de crescimento é grande devido às suas vantagens competitivas, como disponibilidade de área para matéria-prima e infraestrutura logística. Os números, quando observados por todos os aspectos, impressionam pela potencialidade de crescimento, e há expectativa do mercado e dos investidores por maior demanda global. Investimentos avançados de produção, automação e digitalização de processos, com vista ao aumento de eficiência operacional e a competitividade da indústria, monitoramento constante das tendências do mercado e diversificação fazem do setor a bola da vez em Mato Grosso do Sul.
Segundo o Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, em 2022, eram 6.971 trabalhadores formais empregados no segmento de fabricação de celulose, papel e produtos de papel, e outros 10.354 no de produtos florestais. Já o cadastro do RAIS – Relação Anual de Informações Sociais informa que, até 2021, quando há dados completos, são 30 CNPJs ativos no primeiro segmento citado e 252 no segundo.
A própria Fiems (Federação das Indústrias do Estado do Mato Grosso do Sul) divulgou que as exportações de produtos industrializados alcançaram US$ 633,5 milhões no acumulado de janeiro a maio deste ano; considerando o faturamento, a celulose e o papel foram os produtos mais exportados por Mato Grosso do Sul no primeiro quadrimestre de 2023, com participação de 30%. O Estado é líder na exportação de celulose e já responde pela segunda maior área cultivada com eucalipto (1,05 milhão de hectares).
E os indicadores futuros apontam um cenário muito promissor, com a instalação da fábrica da chilena Arauco Celulose do Brasil S/A, em Inocência, prevista para 2024, cujo projeto é estimado em R$ 28,3 bilhões, gerando mais de mil empregos diretos, aumento de 776% nas vagas de emprego ofertadas na região.
Nesse contexto, o SINPACEMS – Sindicato das Empresas de Papel e Celulose de MS, com quase 12 anos de atividade, se firma como importante instituição representativa patronal do setor. Seu presidente, reeleito para o quadriênio 2023 -2027, Élcio Trajano Jr, em eleição realizada em julho deste ano, fala sobre as ações e serviços neste artigo.
“A diretoria do SINPACEMS é formada por uma liderança jovem e com muita vontade de, efetivamente, posicionar o sindicato patronal para amparar as empresas, independentemente do seu porte, em suas grandes dores, em suas buscas de melhor posicionamento junto aos órgãos públicos e instituições que possam agregar valor para as filiadas. Um sindicato feito com empresários para empresários, para gerar representatividade do segmento de papel e celulose, um setor que emprega muitas pessoas diretamente, sim, e indiretamente também, contribuindo para o crescimento econômico e social nas mais diversas cidades de Mato Grosso do Sul. Por entender o impacto dessas empresas nas comunidades, o sindicato está muito atento para apoiá-las também em suas questões trabalhistas, em suas dúvidas com relação ao posicionamento frente aos empregados, buscando ofertar parcerias que tragam melhorias. Um exemplo são os serviços da rede S, via Federação das Indústrias do Estado, que têm um papel relevante na oferta de capacitações profissionais, nos serviços de saúde, educação e assistência social para os trabalhadores da indústria e seus familiares.
É importante frisar, ainda, o papel representativo que temos junto às pequenas e médias empresas do nosso segmento. Enquanto as grandes têm uma estrutura que as assessoram em questões variadas, as outras podem contar com um suporte oferecido pela nossa entidade patronal. É nosso papel dar suporte e gerar condições para que as empresas tenham voz e se posicionem nas questões jurídicas ou em aspectos trabalhistas, assessorando, fornecendo as orientações que se fizerem necessárias, pois há um corpo jurídico pronto para esse atendimento especializado para os filiados. Também estamos atentos às discussões que podem ser transformadas em palestras com especialistas em assuntos atuais e de interesse para a gestão, como, por exemplo, ESG, impacto e diversidade ambiental e LGPD. Trazer esses profissionais para conversar e apontar soluções faz com que nosso setor alinhe boas práticas e esteja estruturado com o que está sendo discutido e realizado de mais atual no cenário mundial. Podemos ser aliados na identificação de oportunidades de inovação tecnológica e promover parcerias com instituições de pesquisa e desenvolvimento para apoiar as empresas na adoção de tecnologias mais eficientes.
Atualmente, o SINPACEMS colabora com o Estado como órgão técnico e consultivo no estudo e solução dos problemas que se relacionam com a nossa categoria, elegendo e designando representantes junto aos órgãos públicos ou privados, principalmente nas discussões de interesse dos empresários. Também orientamos nas celebrações de acordos, convenções e contratos coletivos de trabalho (CLT), atuando como interlocutores patronais, contribuindo para a estabilidade e o equilíbrio das relações laborais, bem como para a construção de um ambiente de negócios mais favorável.
O cenário para Mato Grosso do Sul é muito promissor. E, em alguns anos, a cadeia produtiva será diferente, impactando no setor econômico e social. Contar com a parceria de instituições como a Fiems nos faz mais fortes, pois ganhamos representatividade perante entidades governamentais, entes públicos e privados. Nossas demandas e reivindicações têm um canal direto para chegar onde for necessário e provocar as mudanças que beneficiem tanto nosso setor quanto a cidade onde a empresa está instalada.
Por isso, quanto mais empresas participarem do sindicato patronal mais “voz” teremos. É importante que as empresas conversem, façam parte do SINPACEMS, tragam suas dúvidas, dores e compartilhem sucessos. Tenho certeza de que o setor vai gerar empregos, vai fomentar a economia e precisamos – aprendendo uns com os outros – viabilizar projetos que beneficiem a todos.
Estamos ao lado do empresário quando o assunto é auxiliar na orientação jurídica em assuntos pertinentes ao setor, e os filiados têm a oportunidade de contribuir com sugestões para a adequação tributária das necessidades do segmento. Além de benefícios, ser associado dá acesso a descontos especiais em serviços e cursos do SESI e do SENAI, instituições com reconhecida excelência no que ofertam para o mercado.
No que se refere à comunicação com o Sindicato, estamos com o site repaginado, implementamos o LinkedIn e o Instagram, redes dinâmicas e interativas, onde vamos divulgar ações, serviços e notícias do setor. Visitem nossas páginas, façam sugestões, participem.
O associativismo desempenha um papel preponderante no fortalecimento das relações e, para as indústrias de celulose, o fortalecimento sindical pode não somente unir interesses comuns, mas enfrentar e encontrar soluções para desafios do setor — e, dessa forma, contribuir para a competitividade, para o crescimento sustentável e o desenvolvimento do setor.
“Um sindicato forte se faz com pessoas e projetos.”
*Elcio Trajano Jr é presidente do SINPACEMS
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